Polícia e MetrôRio fazem simulação contra ação terrorista em trem

A Polícia Militar e funcionários do MetrôRio realizaram, por volta das 10h deste sábado (11), uma simulação preventiva contra ações criminosas dentro de um trem entre as estações Cidade Nova e São Cristóvão, na Zona Norte do Rio.

Depois de quase duas horas de operação, os três "extremistas latino-americanos" foram presos sem que a polícia disparasse um tiro sequer. Durante o sequestro os criminosos mataram um refém e feriram outros quatro pessoas.

Segundo o porta-voz do Batalhão de Operações Especiais (Bope), major Ivan Blaz, dos seis exercícios já feitos no metrô, este foi o primeiro que simulou um atentado. A intenção da Comando de Operações Especiais (COE) - que engloba Bope, Batalhão de Choque,  Batalhão de Ações com Cães, Grupamento Aeromarítimo e  paramédicos - é preparar os policiais militares e as equipes da concessionária para atuarem nos grandes eventos que o Rio de Janeiro receberá, como a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016.

'Extremistas' queriam explodir o Maracanã

Na simulação deste sábado, 70 passageiros do metrô são feitos reféns por 3 terroristas que tentam explodir o Maracanã. Eles embarcam na Central do Brasil. Dois seguranças da concessionária percebem a ação e acionam a polícia e param o trem entre duas estações e desliga o sistema de energia, o que deixa a composição sem luz e sem ar-condicionado, e os trilhos desenergizados. Com a ajuda de guardas municipais que interrompem o tráfego para a passagem do comboio, a polícia chega ao local do sequestro do trem em 15 minutos.

"Nossa meta é promover simulações de situações extremas pelo menos uma vez por mês, até a realização do grandes eventos, principalmente em áreas sensíveis, como transporte, centros de convenções e  centros esportivos", explicou Blaz.

Participaram da simulação cerca de 200 policiais militares. O subcomandante do Bope, tenente-coronel André Silva considerou o exercício muito positivo. Segundo ele, a simulação serve para testar novos equipamentos de comando e controle, de imagens e de comunicação. E também para consertar deficiências na operação.

"Testamos nossa capacidade de resposta e fizemos o reconhecimento de áreas sensíveis a ações criminosas. A integração das forças policiais com forças privadas, como a segurança do metrô é importante para o sucesso da operação. Vamos continuar treinando até atingirmos o nível de excelência desejado", disse o subcomandante do Bope, que considerou como maior dificuldade do exercício deste sábado a dificuldade de acesso ao trem sequestrado.

 

Rapel e cães na invasão do vagãoO major Blaz destacou também o fato de os "extremistas" terem sido presos sem que a polícia disparasse nenhum tiro. Policiais desceram de rapel do viaduto da Linha Vermelha e entraram num dos vagões, de onde parte dos reféns já tinham sido liberados, de um lado, em outro vãgão, com os cães.  Em pontos estratégicos, atiradores de elite observavam a movimentação no trem. Os criminosos usavam dois fuzis e uma pistola e tinham uma sacola com artefato explosivo.

"Em ações como essa é importante deixar claro que os criminosos estão cercados e que eles devem se render, porque não terão como fugir. Por isso, o negociador é o nosso ponto mais forte nessas ações. Com a ajuda dos cães fizemos um ataque não letal e dominamos os criminosos. Também é muito importante o trabalho de agentes de segurança que percebam movimentação estranha e entre em contato com a polícia. Extremistas costumam cometer uma série de pequenos delitos e transgressões leves antes de um atentado", destacou Blaz, ressaltando

Segundo o MetrôRio, o treinamento não causa nenhum transtorno à operação normal do MetrôRio, já que o evento acontece em trecho que não é utilizado para operação em dia de sábado. Nos finais de semana, a transferência entre as linhas 1 e 2 se dá pela Estação Estácio.

 

 

 

 

Por:Miccaela Hilary

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