sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Emissão de carbono na Amazônia cai 57% após redução no desmatamento

 
A emissão de dióxido de carbono na região amazônica do Brasil caiu 57% entre 2004 e 2011, segundo o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).

A queda ocorreu devido à redução da destruição da floresta no período, afirma a pesquisadora do Inpe Ana Paula Aguiar.
A região amazônica, que na avaliação do Inpe engloba territórios de nove estados, emitiu 401 megatoneladas do gás em 2011, número menor do que em 2004, quando 953 megatoneladas do dióxido foram lançadas no ar.
Pelo menos 552 megatoneladas de gás carbônico deixaram de ser emitidas na atmosfera, de acordo com o Inpe. "A redução está totalmente ligada à queda do desmatamento [na Amazônia]. O estado que mais emitiu em 2011 é o Pará", afirma Ana Paula.
A cientista é responsável pelo Inpe-EM, um novo serviço de monitoramento da emissão de gases-estufa lançado nesta sexta-feira (10) pelo instituto espacial. O sistema permite acompanhar dados de emissão anuais e por estado, obtidos por cálculos feitos com informações dos satélites do próprio Inpe.
Além de acompanhar as emissões, os dados do novo sistema vão nortear ações do governo federal e do poder público no combate ao desmatamento. "É um indicador a mais, que pode servir como guia para políticas públicas", afirma Ana Paula.
Analisando os dados no intervalo de cinco anos, entre 2006 e 2011, a redução foi de 49,4% na emissão do dióxido de carbono na Amazônia. No ano passado, 401 megatoneladas foram emitidas. Já há cinco anos atrás, 811 megatoneladas do gás foram jogadas na atmosfera.

Desmatamento
Na comparação entre abril e julho de 2012 com o mesmo período de 2011, o desmatamento na Amazônia Legal caiu 49%, segundo informações do Inpe divulgadas há uma semana. Os dados foram obtidos pelo sistema de detecção do desmatamento em tempo real, o Deter.
Na comparação dos dados do Deter de agosto 2010 a julho 2011 com agosto de 2011 a julho de 2012, houve redução de 23% na devastação do bioma (caiu de 2.679,56 km² para 2.049,83 km²).
Entretanto, o índice oficial anual, fornecido pelo sistema Prodes (Projeto de Monitoramento do Desflorestamento na Amazônia Legal) deve ser divulgado apenas nos próximos meses.
Segundo o instituto, entre abril, maio, junho e julho deste ano o desmatamento causou a perda de 651,62 km² de cobertura florestal, uma área equivalente a 36 vezes o tamanho do arquipélago de Fernando de Noronha, em Pernambuco. Nos quatro meses de 2011, a devastação registrada no bioma foi de 1.282,99 km² (uma área maior que cidade do Rio de Janeiro).

Por:Miccaela Hilary

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