Em greve há 99 dias, os professores da rede estadual de ensino se reuniram na Assembleia Legislativa, localizada no Centro Administrativo da Bahia (CAB), em Salvador, na manhã desta quarta-feira (18).
A categoria entregou uma contraproposta ao Ministério Público com o objetivo de encerrar o impasse nas negociações com o governo. De acordo com informações do coordenador geral do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Bahia (APLB), Rui Oliveira, o MP ainda não divulgou o resultado do pedido dos professores.
Ainda segundo o coordenador, a classe continua acampada no CAB e deve se reunir nesta sexta-feira (20), em uma nova assembleia, para discutir os rumos do movimento. Desde a noite de segunda (16), os grevistas enfrentam situações precárias para manter a acampamento.
Uma mãe de um dos alunos da rede estadual de ensino, indignada com a falta de acordo entre professores e governo, apareceu na Assembleia Legislativa, hoje pela manhã, com três bolos pretos, em sinal de luto, para lembrar os 100 dias do movimento.
Ministério Público - Na terça-feira (17), o Ministério Público Estadual (MP) e o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ) comunicaram que não vão mais participar das negociações entre professores e governo do estado, visando o fim da greve na Educação da Bahia.
Em nota divulgada à imprensa, as instituições informaram que “em razão da não obtenção de um acordo em tempo hábil e visto a aproximação de uma situação de dano irreversível ao calendário escolar, não resta outra alternativa às referidas instituições mediadoras senão considerar, nas atuais circunstâncias, concluídas as negociações”.
Na última quinta-feira (12), os termos de acordo para o fim da greve, elaborado pelo MP a partir das demandas de professores e das propostas feitas pelos representantes do governo do estado, foram apresentados em uma reunião para as duas partes envolvidas. Na ocasião, os professores já haviam sinalizado que não aceitariam a proposta. A confirmação da categoria foi dada pelos servidores em assembleia na manhã da sexta-feira (13).
Reivindicação - Os professores pedem 22,22% de reajuste a serem pagos ainda esse ano a título de equipação do salário ao piso nacional da categoria determinado pelo MEC. O governo não aceita a proposta e oferece aos professores licenciados, em novembro de 2012, promoção por meio de curso, com ganho real de 7%. Em abril de 2013, nova promoção, também com ganho real de 7%, para os licenciados.
Por:Raudiney Amaral
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