
O Prefeito de São José dos Campos, no Vale do Paraíba, Eduardo Cury (PSDB) avalia como preocupante para a economia da cidade a possibilidade de 1, 5 mil demissões na GM . A declaração foi dada na tarde desta quarta-feira (25) durante entrevista coletiva no Paço Municipal, sede do governo.
Cury disse que acredita em uma solução para o impasse sem que as demissões sejam necessárias. Mesmo assim ele afirmou que a administração municipal está disponível para ajudar nas negociações e atenuar os possíveis impactos caso os desligamentos ocorram na montadora.
O mandatário municipal reforçou que a situação, que pode culminar no fechamento do setor MVA (Montagem de Veículos Automotores), não é novidade e que era plenamente previsível. "Isso é o que acontece quando as linhas ficam obsoletas, com produtos obsoletos. Não houve modernização por falta de acordo com o sindicato. O que temos hoje é resultado de um processo que começou lá atrás", afirmou Cury.
Entenda o casoA unidade da General Motors em São José dos Campos encerrou a produção de três dos quatros veículos que produzia no setor MVA. As linhas que produziam os veículos Zafira, Meriva e Corsa Hath foram desativadas. O setor emprega atualmente1.500 trabalhadores.
Produzindo no local apenas o Sedan Classic, o emprego dos funcionários está em risco. A possibilidade de demissões não foi descartada pela direção da empresa durante entrevista coletiva nesta quarta-feira (25).
A tensão aumentou na madrugada da última terça-feira (24) quando os trabalhadores do terceiro turno foram dispensados no meio do expediente e a unidade permaneceu fechada e isolada durante o dia. A produção foi retomada normalmente nesta quarta-feira (25).
Uma reunião aconteceu na manhã desta quarta-feira (25) com representantes do Ministério do Trabalho, Sindicato dos Metalúrgicos e empresas na tentativa de por fim ao impasse. Como não houve acordo definitivo, a empresa se comprometeu a não demitir até dia 4 de agosto, data em que será realizado mais um encontro para viabilizar um acordo.
Alternativas
A empresa cobra alternativas do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos para evitar as demissões. A GM alega que todos os investimentos que seriam direcionados para a planta joseense desde junho de 2008 não ocorreram por falta de acordo com sindicato.
O presidente da entidade, Antonio Ferreira de Barros, o Macapá, rebate a acusação e diz que várias propostas já foram apresentadas à empresa na tentativa de assegurar os empregos, mas todas sem sucesso. "Está claro que o real objetivo da empresa é fechar todo o MVA. Os projetos apresentados tem viabilidade, mas a empresa quer demitir", disse.
Por:Miccaela Hilary
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