quinta-feira, 28 de junho de 2012

Reconstituição apontará que versão de Elize é impossível, diz promotor

A reconstituição da morte do diretor executivo da Yoki, Marcos Kitano Matsunaga, vai apontar que a versão que a ré confessa deu para explicar o crime é "impossível", afirma o promotor José Carlos Cosenzo. Responsável pela denúncia contra Elize Kitano Matsunaga, que está presa pelo assassinato, o promotor afirma que os apontamentos iniciais do "laudo da reprodução simulada" mostrarão que Elize mentiu ao explicar a morte.
Elize Matsunaga (Foto: Carlos Pessuto/Futura Press/AE) 
“Tenho informações da polícia e dos peritos que esse laudo vai apontar que Elize mentiu sobre como matou o marido. A partir de outros laudos técnicos e exames analisados na reconstituição, será possível afirmar que essa versão dela sobre como matou Marcos é inverídica, impossível e mentirosa”, afirmou o promotor.
 O laudo está em andamento no Núcleo de Perícias em Crimes contra a Pessoa do Instituto de Criminalística da Polícia Técnico Científica de São Paulo. O laudo da reconstituição deverá ser entregue ao Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) até 20 de julho, de acordo com peritos.

Segundo o promotor, os apontamentos contradizem o que Elize  apresentou no seu interrogatório à Polícia Civil. De acordo com o promotor, ao menos duas incongruências principais entre o que ela disse e o laudo vão aparecer no documento: a distância do tiro e a posição dela e da vítima no apartamento.
“Há discrepâncias técnicas sobre o que ela falou sobre o momento que deu o tiro na cabeça do marido e como o esquartejou que serão comentados no laudo da reprodução”, disse o representante da Promotoria sobre o crime que Elize confessou ter cometido em 19 de maio no apartamento do casal, na Zona Oeste da capital paulista.

Por decisão da Justiça, Elize está presa preventivamente na Penitenciária Feminina de Tremembé, no interior de São Paulo, até um eventual julgamento. Uma audiência de instrução ainda será marcada para saber se ela será submetida a júri popular pelos crimes.
Ela responde por homicídio triplamente qualificado por motivo torpe (vingança), recurso que impossibilitou a defesa da vítima (o empresário foi baleado quando voltava ao apartamento com uma pizza), meio cruel (usou uma faca para cortar o pescoço do marido quando ele ainda estava vivo) e ocultação de cadáver (colocou as partes do corpo em sacos plásticos e os jogou em Cotia).

Elize alegou que o crime foi passional, que matou Marcos após uma discussão sobre a descoberta de uma traição dele. Afirmou que atirou na cabeça do marido após receber um tapa, ser xingada e ameaçada por ele, que falou em tirar dela a guarda da filha do casal. O Ministério Público argumenta que o crime foi premeditado, que ela matou o marido movida por vingança ao descobrir a traição e que queria ficar com o dinheiro do marido. A mulher é beneficiária de um seguro de vida da vítima no valor de $ 600 mil.
Por:Raudiney Amaral

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