
"Vou processar todos eles, inclusive o dono da banda dos desafinados. Pelo meu trabalho limpo fui pago com dinheiro sujo", disse.
Bordoni foi contratado por Perillo, segundo o jornalista, de maneira informal, para atuar na campanha de rádio do tucano na disputa pelo governo do estado em 2010. Pelos serviços, o jornalista disse que receberia R$ 120 mil, além de um bônus de R$ 50 mil em caso de vitória. Os pagamentos começaram a ser feitos antes mesmo da campanha.
"Do valor acordado com o senhor governador [Perillo], recebi três pagamentos. Um de R$ 40 mil das mãos dele [governador]. Um de R$ 30 mil pago pelo financeiro [da campanha] e um terceiro de R$ 10 mil feito em dinheiro pelo senhor Jayme Rincón [tesoureiro da campanha], no escritório. Antes do começo do programa, eu recebi o primeiro [pagamento] em mãos do candidato. Somando as três parcelas, temos R$ 80 mil, faltando R$ 40 mil e os R$ 50 mil do bônus", disse o jornalista.
O restante do pagamento, segundo o depoimento, foi feito por meio das empresas ligadas ao esquema de Cachoeira, sem que ele tivesse conhecimento. Segundo ele, o número da conta bancária da sua filha, Bruna, e a sua, foram repassados a Lúcio Fiúza, ex-assessor pessoal do gabinete de Marconi Perillo. O depósito, contudo, não foi efetuado pelo assessor do governador. "Ao Lúcio foi dada a conta da Bruna, não a cascatas nem a Cachoeira. Pensei que teria sido o senhor Lúcio que fez os depósitos. Eis porque nós nunca nos preocupamos de conferir quem fez. A ele passamos o número da conta", disse.
De acordo com o jornalistas, dois depósitos no valor de R$ 45 mil cada, foram feitos na conta da sua filha em nome de duas empresas ligadas ao esquema do contraventor, a Alberto & Pantoja Construções e a Décio e Rafael Construção e Terraplenagem.
O depoente também afirmou que o governador de Goiás teria "mentido" ao afirmar que fez um reajuste de R$ 33.300 nos serviços prestados pelo jornalista. "Ele faltou com a verdade quando aqui esteve, a começar por mim, dizendo que reajustou os serviços em R$ 33.300. A nota fiscal de R$ 33.300 está aqui. Se os senhores puderem provar onde está meu nome aqui eu engulo esta folha", disse o depoente.
O depoente também afirmou que o governador de Goiás teria "mentido" ao afirmar que fez um reajuste de R$ 33.300 nos serviços prestados pelo jornalista. "Ele faltou com a verdade quando aqui esteve, a começar por mim, dizendo que reajustou os serviços em R$ 33.300. A nota fiscal de R$ 33.300 está aqui. Se os senhores puderem provar onde está meu nome aqui eu engulo esta folha", disse o depoente.
"O governador de Goiás não foi leal com os senhores, quando faltou com a verdade ou a omitiu", disse o jornalista.
Segundo Bordoni, o pagamento dos serviços foi feito por meio de caixa dois de campanha.
"O senhor governador faltou com a verdade porque não há neste documento prova alguma. O que ocorreu foi pagamento feito a mim com caixa dois. A Alberto e Pantoja, ligada a Cachoeira e a Décio construção, também ligado a Cachoeira", disse.
"O senhor governador faltou com a verdade porque não há neste documento prova alguma. O que ocorreu foi pagamento feito a mim com caixa dois. A Alberto e Pantoja, ligada a Cachoeira e a Décio construção, também ligado a Cachoeira", disse.
O jornalista entregou aos parlamentares documentos que autorizam a quebra de sigilo fiscal, bancário e telefônico dele e da sua filha. "Aqui tenho autorização para quebra de sigilo telefônico, bancário e fiscal meu e da minha filha.Investiguem o quanto quiserem. Eu não tenho medo de ninguém, seja quem for", afirmou.
O jornalista afirmou que se sentiu "ofendido" por ter sido envolvido no esquema.
"Eu queria que o governador Marconi Perillo estivesse aqui, olho no olho. Ele, o Lúcio o Rincón. Eu quero encará-los, não tenho medo. Eles precisam aprender que não se brinca com a honra e a dignidade das pessoas".
"Eu queria que o governador Marconi Perillo estivesse aqui, olho no olho. Ele, o Lúcio o Rincón. Eu quero encará-los, não tenho medo. Eles precisam aprender que não se brinca com a honra e a dignidade das pessoas".
Cachoeira
Bordoni afirmou que não conhece Cachoeira pessoalmente, mas afirmou que o contraventor mantinha forte interferência no governo de Goiás. Segundo o jornalista, a ex-chefe de gabinete de Perillo Eliane Gonçalves Pinheiro. Nesta quarta, a ex-chefe de gabinete esteve na CPI, mas anunciou que iria usar seu direito constitucional de ficar calada, e foi liberada. Ela é acusada de repassar informações sobre operações policiais.
Bordoni afirmou que não conhece Cachoeira pessoalmente, mas afirmou que o contraventor mantinha forte interferência no governo de Goiás. Segundo o jornalista, a ex-chefe de gabinete de Perillo Eliane Gonçalves Pinheiro. Nesta quarta, a ex-chefe de gabinete esteve na CPI, mas anunciou que iria usar seu direito constitucional de ficar calada, e foi liberada. Ela é acusada de repassar informações sobre operações policiais.
"A comunicação entre Marconi e Cachoeira era a Elaine. Ela era pessoa que tinha o contato direto com ele. Ela viajou aos estados unidos pagos por ele [Cachoeira]", disse.
Por:Miccaela Hilary
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