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Deola; Cicinho (João Vitor), Danilo, Thiago Heleno e Rivaldo; Márcio Araújo, Marcos Assunção, Tinga (Patrik) e Valdivia (Leandro Amaro); Luan e Kleber. Julio Cesar; Alessandro (Ramírez), Chicão, Leandro Castán e Fábio Santos; Ralf, Paulinho, Bruno César (Morais) e Jorge Henrique; Dentinho (Willian) e Liedson. Técnico: Luiz Felipe Scolari. Técnico: Tite. Gols: Leandro Amaro, aos sete, e Willian aos 19 minutos do segundo tempo. Cartões amarelos: Kleber (PAL); Alessandro, Fábio Santos, Bruno César, Ralf, Leandro Castán (COR). Cartão vermelho: Danilo (PAL) Público: 33.861 pagantes. Renda: R$ 949.238,00. Local: Pacaembu, em São Paulo (SP). Data: 01/05/2011. Árbitro: Paulo Cesar de Oliveira. Auxiliares: JVicente Romano Neto e Alex Alexandrino.
Desde o início do clássico, o Palmeiras demonstrou mais vontade de buscar a vitória do que o Corinthians. Até exagerou, com jogadas ríspidas (que levaram à expulsão de Danilo) e reclamações (motivo para a saída de Felipão). Para piorar, perdeu os lesionados meia Valdívia - pouco depois de seu polêmico "chute no vazio" - e lateral direito Cicinho.
Ainda assim, os palmeirenses conseguiram abrir o placar no início do segundo tempo, com uma cabeçada certeira do zagueiro Leandro Amaro. Com a paciência de Tite, o Corinthians contou com um gol de Willian (também pelo alto) para chegar à igualdade. Nas cobranças de pênalti, todos os cinco primeiros cobradores de cada time converteram. João Vítor errou na disputa alternada, e o peruano Cachito Ramírez conferiu.
O Corinthians agora se prepara para disputar a decisão do Estadual contra o Santos, nos próximos dois finais de semana. Já o Palmeiras irá se concentrar apenas na Copa do Brasil. Na quinta-feira, iniciará o confronto de quartas de final contra o Coritiba, no estadio Couto Pereira.
O jogo - O Palmeiras levou para o Pacaembu toda a sua irritação com a escolha de Paulo César de Oliveira para apitar o clássico. O nome do árbitro foi anunciado vagarosamente pelo locutor do estádio municipal, permitindo que ele ouvisse as primeiras vaias na tarde. Os insultos se intensificaram quando a partida começou.
No gramado, minutos depois de as duas equipes se cumprimentarem em ato pela paz durante a execução do Hino Nacional Brasileiro, logo surgiram as primeiras confusões. O polêmico Valdívia foi repreendido por ameaçar agredir o corintiano Chicão com a bola, após a marcação de uma falta. Torcedores palmeirenses gargalharam com o lance.
As risadas se transformaram em novas ofensas para Paulo César de Oliveira em menos de dois minutos. O habitualmente nervoso atacante Kleber recebeu um cartão amarelo por empurrar o zagueiro Leandro Castán e jogou-se na área para pedir pênalti em seguida. Sentado nas cadeiras cobertas do Pacaembu, o diretor de futebol palmeirense Roberto Frizzo (que havia criticado a arbitragem de véspera) fumava tranquilamente naquele momento.
O dirigente parecia ser o único representante do Palmeiras calmo no dérbi. Os demais torcedores só pararam de atacar o árbitro porque o time de Luiz Felipe Scolari passou a dominar a partida. O volante Marcos Assunção assustou os corintianos através de sua especialidade, a cobrança de falta, e Valdívia deu dois bons chutes fortes. O goleiro Julio Cesar, não muito seguro, espalmou as tentativas do chileno.
Paulo César de Oliveira foi o centro das atenções no clássico tenso do Pacaembu
A substituição que Felipão tinha em mente, no entanto, não foi realizada. Aos 23, o zagueiro Danilo avançou ao ataque e cometeu falta dura no artilheiro Liedson. Paulo César de Oliveira não perdoou: cartão vermelho para o defensor. Felipão interrompeu a partida para prevalecer a sua vontade de colocar Leandro Amaro no lugar de Valdívia, e não mais Lincoln.
Como Scolari não se contentou com a alteração e aumentou as críticas à arbitragem, Tite decidiu reagir. O técnico Corinthians, ressentido com o seu colega desde o primeiro turno do Paulistão, contra-atacou com gestos e berros para o adversário: "Você está falando muito!". Paulo César de Oliveira concordou com a análise do corintiano. Felipão acabou expulso.
Revoltado, o técnico do Palmeiras queria que Tite também saísse de campo. Luiz Felipe Scolari só deixou a sua área técnica quando policiais militares apareceram para escoltá-lo até a sala de imprensa do Pacaembu, onde uma televisão estava à espera do treinador. A indignação e a tristeza dos palmeirenses com o ocorrido foi tamanha que houve silêncio no estádio por alguns minutos.
A situação piorou ainda mais para o Palmeiras porque, no final do primeiro tempo, o lateral direito Cicinho sentiu contusão na virilha. Foi substituído pelo improvisado João Vitor. Todo esse clima favorável para o Corinthians não era aproveitado pelos comandados de Tite, que trocaram passes pacíficos até o intervalo.
No início do segundo tempo, o Corinthians manteve a sua postura inofensiva. O Palmeiras se inflamou outra vez, mas agora com a bola nos pés. Mais uma falta batida por Marcos Assunção levou perigo ao rival e levantou o público da casa. Aos sete minutos, o gol: Leandro Amaro cabeceou para as redes após cobrança de escanteio do volante.
Era o que faltava para o Corinthians enfim ameaçar uma reação. Tite tentou animar seu time com o peruano Cachito Ramírez e o atacante Willian nos lugares de Alessandro e Dentinho. Mas tamanha era a apatia visitante que o lateral esquerdo Fábio Santos cobrou um lateral de forma errada, e o árbitro assinalou reversão.
O gol marcado por Leandro Amaro não foi suficiente para o Palmeiras
O empate alcançado pelo Corinthians fez com que o Palmeiras voltasse ao ataque. E de forma incisiva: Kleber e Márcio Araújo incomodaram bastante Julio Cesar em lances rápidos. Para aumentar a pressão, Felipão ordenou que seu auxiliar Flávio Teixeira, o Murtosa, trocasse Tinga por Patrik. A última ficha de Tite foi Morais no lugar de Bruno César, com dores no ombro. O placar do tempo normal, contudo, não mudou.
Nas penalidades, palmeirenses e corintianos estavam com os pés calibrados. Kleber, Marcos Assunção, Márcio Araújo, Luan e Thiago Heleno converteram para o time da casa. Chicão, Willian, Fábio Santos, Leandro Castán e Morais fizeram para os visitantes. Nas cobranças alternadas, Julio Cesar defendeu o chute de João Vitor. Já Cachito Ramírez definiu para o finalista Corinthians.
Ficha técnica:
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