segunda-feira, 2 de abril de 2012

Demóstenes Torres deve dar explicações ao DEM nesta segunda


O líder do DEM no Senado, Demóstenes Torres (GO) (Foto: José Cruz/ABr)
O senador Demóstenes Torres (DEM-GO) deve dar explicações ainda nesta segunda-feira (2) ao seu partido sobre gravações telefônicas que apontam tentativas de beneficiar o empresário Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, preso pela Polícia Federal sob a acusação de comandar um esquema de jogo ilegal.
O líder do Democratas na Câmara, deputado ACM Neto, afirmou que o DEM deu prazo até esta noite para que Demóstenes se explique sob pena de abertura de processo de expulsão.
"Nós demos ao senador Demóstenes o prazo de segunda-feira à noite, para que ele traga explicações contundentes e consistentes ao partido.
O que nós achamos que é muito difícil ele fazer. Caso ele não consiga trazer uma defesa contundente ao partido, o caminho será abertura de processo de expulsão do senador."
Parlamentares do DEM, principalmente deputados, defendem que Demóstenes se afaste da legenda voluntariamente, para evitar desgastes. A avaliação é de que o senador dificilmente conseguirá dar explicações convincentes.
Neste domngo (1º), o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Ophir Cavalcante, defendeu a renúncia de Demóstenes, mas o advogado do senador, Antonio Carlos de Almeida Castro, afirmou que ele não renunciará. Para o presidente da OAB, as escutas telefônicas feitas pela Polícia Federal e divulgadas pela imprensa nos últimos dias mostram de maneira “contundente” que Demóstenes usava o cargo para defender interesses de Cachoeira.
Conforme a Lei da Ficha Limpa, integrantes do Congresso que renunciarem a seus mandatos desde o oferecimento de representação ou petição capaz de autorizar a abertura de processo por quebra de decoro ficam inelegíveis "durante o período remanescente do mandato para o qual foram eleitos e nos oito anos subsequentes ao término da legislatura".
Na sexta (30), o presidente nacional do DEM, senador Agripino Maia (RN), cobrou que Demóstenes dê respostas ainda nesta semana. Segundo Agripino, o partido está “inquieto” com o silêncio do senador e aguarda o discurso em plenário prometido por Demóstenes para depois se posicionar sobre uma eventual expulsão.
Também na sexta, a assessoria de Demóstenes Torres informou que passaria o final de semana em sua casa, em Brasília, analisando o conteúdo do inquérito em que é investigado por ligação com Cachoeira.
O advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, que defende o senador, afirmou ao "Jornal Nacional" neste sábado (31) que vai recorrer ao Supremo, onde o senador está sendo investigado após pedido da Procuradoria Geral da República, para tentar anular a investigação da PF.
Segundo o advogado, por ter foro privilegiado, Demóstenes só poderiam ser gravado com autorização do STF. "Eles gravaram o senador invedidamente, de forma inconstitucional, durante três anos", afirmou Kakay.

Por:Raudiney Amaral


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